triste partida
Seu doutor preste atenção
Na prosa que eu vou contar
Eu nasci la no sertão
Minha terra naturá
Mais a seca me tangeu
Do Nordeste para o Sul
É hoje choro de saudades
Do velho mandacaru
Minha terra tem riquezas
Que só existe por lá
Quando lembro do roçado
Da vontade de chorar
La eu acordava cedo
Ouvindo nas estação
A voz graça e o talento
De Luiz rei do baião
Hoje nesse apartamento
Olhando os carros passar
Me alembro da boiada
Lá no meu sertão natà
Tem também as energias
Invenção dos engenheiros
eu só lembro do Nordeste
Soabre a luz dos candinheiros
Aqui não existe arado
Roçado nem viamento
Por aqui não se ver boi
Aqui não tem nem jumento
Aqui longe do roçado
Eles descrimina agente
Diz que nos somos matutos
Nos vestimos indecente
As muié aqui do Sul
Tem os rosto tudo iguà
Não é que nem minha cozinha
Bonitinha e naturá
Aqui tem os som dos carro
Lá é o som dos Passarim
Aqui eles chama todos
Lá nois chama é de tudim
De noite lá tem viola
Muita prosa e canção
Aqui quando chega a noite
Só tem a televisão
Seu doutor gosta daqui
Já eu amo é meu Nordeste
Aqui Sou só um matuto
Lá eu sou um caba da peste
Tony Aldair