triste partida

Seu doutor preste atenção

Na prosa que eu vou contar

Eu nasci la no sertão

Minha terra naturá

Mais a seca me tangeu

Do Nordeste para o Sul

É hoje choro de saudades

Do velho mandacaru

Minha terra tem riquezas

Que só existe por lá

Quando lembro do roçado

Da vontade de chorar

La eu acordava cedo

Ouvindo nas estação

A voz graça e o talento

De Luiz rei do baião

Hoje nesse apartamento

Olhando os carros passar

Me alembro da boiada

Lá no meu sertão natà

Tem também as energias

Invenção dos engenheiros

eu só lembro do Nordeste

Soabre a luz dos candinheiros

Aqui não existe arado

Roçado nem viamento

Por aqui não se ver boi

Aqui não tem nem jumento

Aqui longe do roçado

Eles descrimina agente

Diz que nos somos matutos

Nos vestimos indecente

As muié aqui do Sul

Tem os rosto tudo iguà

Não é que nem minha cozinha

Bonitinha e naturá

Aqui tem os som dos carro

Lá é o som dos Passarim

Aqui eles chama todos

Lá nois chama é de tudim

De noite lá tem viola

Muita prosa e canção

Aqui quando chega a noite

Só tem a televisão

Seu doutor gosta daqui

Já eu amo é meu Nordeste

Aqui Sou só um matuto

Lá eu sou um caba da peste

Tony Aldair

Tony Aldair
Enviado por Tony Aldair em 09/08/2017
Código do texto: T6078628
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