NO FIM DA TARDE

Quando fotografo o céu no fim da tarde

penso que pintar seria mais adequando que escrever,

me sinto confortavelmente impotente

e percebo que sou mesmo um nada

que nunca comunicarei a inteireza de estar vivo

diante da inominável beleza.

Quando fotografo o céu no fim da tarde,

me sinto integrado sem reservas

a ponto de quase dispensar as duas linguagens

que fazem de mim a maior parte que sou: a poesia e a fotografia

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Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 09/08/2017
Reeditado em 24/01/2018
Código do texto: T6078334
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