A loucura é um latido


Estava lá sem saber ao certo onde
A cabeça pesava como chumbo
O inferno era um céu de fim de tarde avermelhado como sangue ralo.

As rosas perdiam as pétalas
E os cachorros que latiam ao longe
Nem sempre o faziam por alarde,
poderia ser desespero, fome, raiva,
tristeza mesmo dessas mais profundas.

A loucura é um latido minguado.

Continuava lá parado,
prisioneiro de mim mesmo
como um passarinho preso no fio de alta tensão.
Um sol feio vinha,
a manhã que chegava trazia a cor de um dia vermelho,
o sangue que escorria pela rua não era meu
mas parecia...
Larissa Prado
Enviado por Larissa Prado em 09/08/2017
Reeditado em 16/08/2017
Código do texto: T6078242
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