SOLIDÃO RASTREANDO O CORAÇÃO!

Passa o tempo e sem ele,

num incontável suplício pela hora finda,

a solidão vai rastreando o coração.

Marcas profundas em caminhos atinados no deserto da compreensão...

Obsoletas saudades enfadando a vida e ela sem tanto para deduzir, imerge e emerge entre tantas aspirações idealizadas!

A charola multicor que conduz sua lembrança, revolta-se comigo e reclama por tanta repetição em prol de quem não olha para este pedinte condutor.

E pior, guio deste espaço ao sol para lugar nenhum: o ser que mais idolatro e nem ao menos toma ciência de mim...

Lastimoso fado!

Tudo passa à exceção deste promovido destino que insiste em reviver alvitrando o seu mundo.

Coração sempre caldeando sonhos, esperas e esperanças de viver um dia, por diminuto que fosse, a leveza de tê-la num derradeiro gesto de conforto consolado. Sem tempo... com tempo... sem rastrear tantas marcas doridas neste campanário repletamente a revelar-se seu.

© Balsa Melo (Poeta da Solidão)

04.05.04

Brasília - DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 15/08/2007
Código do texto: T607806
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