CISCOS NOS OLHOS - PRANTO SOLITÁRIO!
Não sei narrar esta mistura inexata de tristeza e dor,
nem sei identificar o que se passa com o cisco nos olhos causando o gotejamento dos visores - atirados ao chão.
Chão bisonho, repleto de sonhos e ilusões travessas no equilíbrio da impossibilidade de dar e receber amor.
Não sei relatar sem denunciar-me aos gritos silenciosos - você.
E anônimo, combalindo pelo seu nome... desaprendi narrar alcunhando nome e vida que me traduzem na altivez da solitude.
© Balsa Melo (Poeta da Solidão)
29.04.04
Brasília - DF