POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.
A melhor coisa
que carrego, não
tem nada de mim,
não sou dono,nem
serei,
a poesia pertence
ao mundo.
Um olho,dois
olhos, vários
olhares,
é assim que se
compõem o
mundo.
Agora digo,
toco o céu,
ele está aqui
nesta folha
de papel.
Ela disse,
o que disse
desdigo,
venha comigo,
brincar de
inventar.
Bem cedo
já sou manhã,
a tarde antecipo
a noite,
de dia vivo,
a noite morro.
Num verbo,
o banal e o
eterno, num
verbo uma
gota pinga
no abstrato,
num verbo,
uma mão
endireita o
mundo.
Sou folha que cai,
não admire,
não grito um ai,
da queda quero
o frio,
do chão quero
a cama,
e quando o vento
me levar,
me deixe a fama
de não prestar.