POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.

A melhor coisa

que carrego, não

tem nada de mim,

não sou dono,nem

serei,

a poesia pertence

ao mundo.

Um olho,dois

olhos, vários

olhares,

é assim que se

compõem o

mundo.

Agora digo,

toco o céu,

ele está aqui

nesta folha

de papel.

Ela disse,

o que disse

desdigo,

venha comigo,

brincar de

inventar.

Bem cedo

já sou manhã,

a tarde antecipo

a noite,

de dia vivo,

a noite morro.

Num verbo,

o banal e o

eterno, num

verbo uma

gota pinga

no abstrato,

num verbo,

uma mão

endireita o

mundo.

Sou folha que cai,

não admire,

não grito um ai,

da queda quero

o frio,

do chão quero

a cama,

e quando o vento

me levar,

me deixe a fama

de não prestar.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 08/08/2017
Reeditado em 06/09/2017
Código do texto: T6077965
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