* E a pele sente... *

"...De épocas em épocas.

Sou metamorfose de um ser inacabado.

Doce como a calda que escorre do pêssego em caldas,

Que na compoteira apura mais e mais tua docilidade.

E na fragilidade da pele,

Sente na pele,

Do que o mundo é capaz.

E fugaz ,

Fecho-me em muralhas de mim mesma.

Não torno-me azeda,

Nem tão pouco ácida,

Afinal do doce,

É feita mi'alma cálida.

Apenas rebato em falácias,

O contrário do que minha mente tenta provar.

E então!

No subterfúgio da razão,

Prendo-me em mim mesma,

Solitária,

No vazio, torno-me porão.

Olhando apenas pelas frestas das paredes rachadas,

Frias,

Maltratadas,

Que habita em meu peito....

Coração!...."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 08/08/2017
Código do texto: T6077805
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