* E a pele sente... *
"...De épocas em épocas.
Sou metamorfose de um ser inacabado.
Doce como a calda que escorre do pêssego em caldas,
Que na compoteira apura mais e mais tua docilidade.
E na fragilidade da pele,
Sente na pele,
Do que o mundo é capaz.
E fugaz ,
Fecho-me em muralhas de mim mesma.
Não torno-me azeda,
Nem tão pouco ácida,
Afinal do doce,
É feita mi'alma cálida.
Apenas rebato em falácias,
O contrário do que minha mente tenta provar.
E então!
No subterfúgio da razão,
Prendo-me em mim mesma,
Solitária,
No vazio, torno-me porão.
Olhando apenas pelas frestas das paredes rachadas,
Frias,
Maltratadas,
Que habita em meu peito....
Coração!...."