A Musa

Sempre extasiado, a via de longe,
durante a minha  tímida  meninice,
misteriosa como uma esfinge,
que decifraria, mesmo que na velhice

Fulgurosa e ardente excitação, 
de rijas formas e rosto emblemático,
torna-se  abstrata como uma canção, 
esquivava-se, como que em tom enigmático.

Àquele tempo, nunca a senti ou amei,
tão somente idílio platônico,
nunca em seus braços chorei,
quão distante romance icônico!

De minha obra foste inspiração,
musa venerada, comigo se achava,
como que atada em meu coração,
personagem das trovas que encantava.


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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 08/08/2017
Reeditado em 15/12/2017
Código do texto: T6077454
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