Procurando o mantra da noite

O que espera essa noite de mim conhecerei

Digno de estranhar-me pelo elemento obscuro

No jantar das pessoas vegetando fora da inteligência;

Dessa vida tenho tudo diante dos meus pés, vejo mais

Ainda sobre o espírito absoluto e o corpo mutável.

Dilacerado desejo ardente nos vitrais do templo reinante

Nessa rua cosmopolita. Procuro agora ditoso e seriamente

Maluco por límpidas atenções febris! Febris! Esta é a palavra

Cortante! Dilacerante vertendo o vinho tinto do crepúsculo

Medonho de mui prazer.

Mais calmo entender sob a sombra do querer-te Amor saltitante;

Pouca emanação doce do homem bruto pelo dobrar de

Raiva, vendo sem sequer ter prometido o que jamais iria cumprir!

Não ponha pra fora escorraçando um cão servil e desastroso

Como qualquer vadio que acaba presenciando a asneira

Suicida dessa era mórbida - burra burra burra burra!......

Vadio e tudo o que quiseres proferir da patética boca;

Vadio sondando a tolice que tanto acabamos por voltar,

Para onde nunca sairemos, ou com certeza, nunca ilesos.

Densidade por densidade simplificando todo o nosso caminhar

Solitário, bobos que somos apaixonantes – e peça noturna

Trágica conhecemos bem, e continuamos a nos deitar com

Vossa graça. E a senhora diz:

Já são dez da manhã vagabundo!

André SS
Enviado por André SS em 08/08/2017
Código do texto: T6077402
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