Sós entre sóis
Tudo de repente não me diz nada,
Tudo que poderia ficar subentendido
Nas margens da histeria que sobre esses
Mil em um deflagra calados objetos sós
Entre sóis.
Calados sem nós percebemos os inescrupulosos
Dentro de jarros, beirando a nossa alquimia.
Só línguas em pescoços fecham os olhos
Rançosos e digitam na fronte verdes mares de
Ventanias luminosas no lume da ânsia,
Retorcendo-nos vigentes e totais.
Raspo os papéis do poeta com doença, que
Rodopiando repetem as dores de quando li
Em mim as linhas de cansaço tão novas,
Contrapondo-se com o cais de inverno
Preguiçoso;
Amanhecido de um ontem bonito demais!
Demais! Demasiado desejado!
Porque onde escreverei quiçá dirá às minhas
Meninas, das ruas e parques (seja o Burle ou o
Eucaliptos que roto inda perfumado irei descansar
De mim mesmo e dos leitos de desespero e medo
Dos "eus", soltos e vagos no luar com as Estrelas
Encobertas pela amplidão fria.
Antes de tudo deixo a água me enlouquecer.
Penso e despenso sobre pavimentos ignorantes,
Derramo mais lágrimas para afogar-me neste
Microcosmo. Fico nos espinhos que me matei e
Me mato.
Sonho mais um pouco, choro mais um pouco
Para continuar afogando-me e queimando-me
Nas linhas cansadas de mim mesmo.