Cegueira
Raios iludindo, brechas que mostram púrpuras
Águas celebradas ao coral de almas.
Festas de virgens escandalosas em irreais
Vindas apaixonantes, são loucas na plenitude
Inexistente! Silentes sentidos de epifania.
Nesse solo busquemos ligações serpentiformes;
Aleluias de ira demasiado confusas e tenazes;
Corra mundo adentro por surpresas que chegam
Dizendo-te! "até que enfim vieste!"
Busquemos o que dizer, aonde ir, o que fazer.
Mil vezes lá onde sobem tigres dantescos,
Eco de glórias abrangem todo o prado secular;
Ritmo sincopado sendo peregrino moribundo;
Não houve mortes diante da esplanada, as chapadas
Entoaram a coragem e cachoeiras ressuscitam!
Ele perdido mas não consternado presencia
Trilhas da paixão elevadas, tortuosas, que
Sua nuca juvenil alcança já incompreendida.
Ele solto entre números incalculáveis habita
E vive sem desprezar o infinito clarão prazeroso;
O homem o vê de uma margem secreta.
Mil dúvidas que apenas conhece, para um coração.
O homem o busca entre amores e desprezos,
Mas não enxerga outros, nem o próprio espelho.