SEMPRE ASSIM, O AGOSTO
Sempre assim, o agosto
Calando paisagens
Pondo cinza em tudo quanto é canto
Feito um deus que enlouqueceu
Quase oposto das miragens da razão
Cada nuvem sugestão de rosto
Numa sanha desonesta
Quanto às margens do imprevisto
Sempre a garra que retorna
E revolve túmulos e acúmulos
Sem critério e adentra
Véus dalgum mistério obsceno
Entre os sinos que convocam
Nos domingos dura a nota que se fez intrusa
Pelos pavilhões que a sofrem
Como a acusação jamais negada
Assim mesmo, o agosto
Tem seu pouso alheado e irritadiço
Cegando janelas duma rua
Entristecida pelo tempo
.
Sempre assim, o agosto
Calando paisagens
Pondo cinza em tudo quanto é canto
Feito um deus que enlouqueceu
Quase oposto das miragens da razão
Cada nuvem sugestão de rosto
Numa sanha desonesta
Quanto às margens do imprevisto
Sempre a garra que retorna
E revolve túmulos e acúmulos
Sem critério e adentra
Véus dalgum mistério obsceno
Entre os sinos que convocam
Nos domingos dura a nota que se fez intrusa
Pelos pavilhões que a sofrem
Como a acusação jamais negada
Assim mesmo, o agosto
Tem seu pouso alheado e irritadiço
Cegando janelas duma rua
Entristecida pelo tempo
.