Fotografia © Ana Ferreira
PARA ESCREVER UM POEMA...
É difícil, às vezes,
transferir para o papel
as emoções que pulsam
dentro do peito.
É difícil, sempre,
escrever pensamentos
que extravasam,
sentimentos no mais íntimo
guardados.
Os dedos tremem, afoitos,
a ânsia de escrever o que aflora.
As palavras surgem,
tímidas, e se aglomeram na brancura
do papel.
Para escrever um poema, começo,
arriscando, riscando, uma palavra qualquer.
Escrevo a palavra que sempre dói mais,
aquela que sempre quer calar,
no entanto, a que mais alto sempre quer gritar,
talvez devido ao seu indizível tamanho:
o Amor!
Então fecho os olhos. Sinto.
E escrevo. De dentro para fora.
E eis que o amor voa. O pensamento flui
e no papel se dilui.
A folha em branco
enche-se de desconexas entrelinhas
que dizem mais do que eu pretendi dizer
com palavras minhas.
Ana Flor do Lácio
É difícil, às vezes,
transferir para o papel
as emoções que pulsam
dentro do peito.
É difícil, sempre,
escrever pensamentos
que extravasam,
sentimentos no mais íntimo
guardados.
Os dedos tremem, afoitos,
a ânsia de escrever o que aflora.
As palavras surgem,
tímidas, e se aglomeram na brancura
do papel.
Para escrever um poema, começo,
arriscando, riscando, uma palavra qualquer.
Escrevo a palavra que sempre dói mais,
aquela que sempre quer calar,
no entanto, a que mais alto sempre quer gritar,
talvez devido ao seu indizível tamanho:
o Amor!
Então fecho os olhos. Sinto.
E escrevo. De dentro para fora.
E eis que o amor voa. O pensamento flui
e no papel se dilui.
A folha em branco
enche-se de desconexas entrelinhas
que dizem mais do que eu pretendi dizer
com palavras minhas.
Ana Flor do Lácio