Vagões delirantes
O que sempre desejei foi o sono
Do mundo inteiro dizendo o quanto
Sou egoísta, a tranquilidade cheia
De visões plenas, felicidades eternamente
Juvenis. Vagões delirantes apagando o que
Não sou!
Não quero pra mim a vergonha dos
Santos que nunca existiram, nunca
Viveram! Se esconder para depois
Num singelo dia vindouro, acordar
Dentro da casa solitária;
Contatos com a manhã só pra si;
Cenas de murchos lábios no céu.
Muito me quis tolerante no presente;
Quem tem boca vai à soma dos
Verdadeiros amantes da coragem de
Ser feliz na desgraça absurdamente global.
Não fazem a minha cabeça! Eu faço a
Minha cabeça no lupanar de abandonos
Mortais da paixão.
O luar brotará na tez do dilúvio místico.
A paz vinda da ventura sabe que lhe
Sou fiel vassalo tórrido pela borrasca
De campos abertos. Espero-te como vim
Para esse elo de corpos difíceis;
Esparramando desordens de Deus,
Amando conciso multicores que assassinam,
Glorificando a santidade dos azuis vagões
Delirantes, apagando o que não sou!