Vagões delirantes

O que sempre desejei foi o sono

Do mundo inteiro dizendo o quanto

Sou egoísta, a tranquilidade cheia

De visões plenas, felicidades eternamente

Juvenis. Vagões delirantes apagando o que

Não sou!

Não quero pra mim a vergonha dos

Santos que nunca existiram, nunca

Viveram! Se esconder para depois

Num singelo dia vindouro, acordar

Dentro da casa solitária;

Contatos com a manhã só pra si;

Cenas de murchos lábios no céu.

Muito me quis tolerante no presente;

Quem tem boca vai à soma dos

Verdadeiros amantes da coragem de

Ser feliz na desgraça absurdamente global.

Não fazem a minha cabeça! Eu faço a

Minha cabeça no lupanar de abandonos

Mortais da paixão.

O luar brotará na tez do dilúvio místico.

A paz vinda da ventura sabe que lhe

Sou fiel vassalo tórrido pela borrasca

De campos abertos. Espero-te como vim

Para esse elo de corpos difíceis;

Esparramando desordens de Deus,

Amando conciso multicores que assassinam,

Glorificando a santidade dos azuis vagões

Delirantes, apagando o que não sou!

André SS
Enviado por André SS em 06/08/2017
Código do texto: T6075719
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