A todo meu poder

Semblante ofuscado pela marinha vigente,

Eu com pulsos comprimidos bestiais

Donde ansiava sê linhas vívidas.

Porto e cais em extrema ternura voltariam

A acreditar em si mesmos.

A todo meu poder ouvi-la com mister

Determinado em percorrer dignamente

A imagem num roteiro e seu buquê.

Coube à vida ofuscar-nos e tampouco;

No tempo presente um papel protagonizado

Pelo fato em ti – palavra – saudar quem

Lhe torna loucamente mais do que pode

Ser.

Sem armadilhas quero honrar belamente;

Nunca reprimir a nascente soberba;

Trovadores na esquina beirando

O mar outrora seco já que não foi avistado

Por homens que desconheceram o valor em ti.

Vê-las é pontilhar o peito agreste e lúrido,

Mal-acabado sendo ofuscado pois contente

Está. As descidas do dia e vocês outrora

Pendentes levitam mais vezes na pena

De vigentes domados; outros verbos indomáveis

Milhões! São assim perenes.

Inspiração seja suas pálpebras silentes;

Sílabas prontas em espada há muito -

Faces em frente mui apogeu veremos.

Pulsos comprimidos com versos superfinos;

Palavras não solitárias: seus portos e cais

Dirão quanto tempo falta para beijar como jamais.

Ébrio com trovadores ofuscado digo adeus

Quando se vão distantes por outras bocas e penas:

Distantes palavras.

André SS
Enviado por André SS em 05/08/2017
Reeditado em 23/06/2018
Código do texto: T6075286
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