ALTERNÂNCIA

ALTERNÂNCIA

Silêncio preciso

Qual relógio digital

Que marca a hora

Em luz

Sem tic-tac

Um tique espasmódico

Toma de assalto

A morte repousante

Até o abrir dos olhos

Na manhã azul céu

Sem silêncio

Que se vai

Com os sons despertados

Pelo sol

Amante de burburinhos

Que se espalham na Babel

Ecoando em bocas

Que se maxilam

Salivando palavras

Que jogam por terra

A quietude querida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/08/2017
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