Fantasia
Fantasia
Deitado em minha cama
Olho para o caderno que está a me fitar
Pego ele e coloco em meu colo
Dou um acarinhado de letras
E derramo todo minha inspiração
Aquelas folhas vazias
Ganham cores
Respingos de imaginações, caem
Fluem por todo o quarto
Transmuto o inimaginável
Ao imaginável
Faço possível o enxergar com os olhos da alma
Filtro os medos e desprazeres
A escuridão da noite acende
Me transposto para o deserto branco do caderno
E dali vou compondo
Ortografo fantasia
E o cintilar ilumina todo o murchar do pensar
Clareia a ludibria irrealidade
Dá formas as disformes formas
Do caderno se faz flores
Pétalas violetas e amarelas jorram
O uivar de lobos encobrem o silêncio
Aromas dos mais distintos se esparramam naquele comodo
O vento grita uma sinfonia agradável
E tudo é reluzente
Inspirador...
Uma sintonia fantástica nasce ali
Um mundo cheio de cor e sabor se adentra em meu quarto...