Fantasia

Fantasia

Deitado em minha cama

Olho para o caderno que está a me fitar

Pego ele e coloco em meu colo

Dou um acarinhado de letras

E derramo todo minha inspiração

Aquelas folhas vazias

Ganham cores

Respingos de imaginações, caem

Fluem por todo o quarto

Transmuto o inimaginável

Ao imaginável

Faço possível o enxergar com os olhos da alma

Filtro os medos e desprazeres

A escuridão da noite acende

Me transposto para o deserto branco do caderno

E dali vou compondo

Ortografo fantasia

E o cintilar ilumina todo o murchar do pensar

Clareia a ludibria irrealidade

Dá formas as disformes formas

Do caderno se faz flores

Pétalas violetas e amarelas jorram

O uivar de lobos encobrem o silêncio

Aromas dos mais distintos se esparramam naquele comodo

O vento grita uma sinfonia agradável

E tudo é reluzente

Inspirador...

Uma sintonia fantástica nasce ali

Um mundo cheio de cor e sabor se adentra em meu quarto...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 04/08/2017
Reeditado em 04/08/2017
Código do texto: T6073898
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