QUALQUER COISA
Quando ouviu o latejar nos tímpanos,
percebeu que nunca foi tão sozinha
Como Marilyn Monroe, temendo o abandono
clamando companhia, fugindo do seu medo
um grito sufocado refletido no espelho
Tantas horas mortas, senhora de ninguém
Disse qualquer coisa para ver se estava viva
embora não estivesse, dos olhos para dentro
Assim se renasceu para ser outra mulher
agora tão fingida, foge de ninguém
Tão interesseira, se dá por diamantes
Mas baixa o seu preço, ser for de coração