Penas
Há penas
apenas.
Um murmurar
como murmura o mar
quando se escreve,
se descreve
em linhas retas
ou tortas
sob sol e luar,
gotas de chuva em janelas
elas
a escorrerem incertas.
Há apenas
as penas
de outrora
Como choram às janelas
quando se apreciam outroras,
nas verticais postas,
nas posturas incertas
de passados já mortos,
nem tantos pra quem teima
ancorar em portos
desertos
um certo caos fóssil.