Penas

Há penas

apenas.

Um murmurar

como murmura o mar

quando se escreve,

se descreve

em linhas retas

ou tortas

sob sol e luar,

gotas de chuva em janelas

elas

a escorrerem incertas.

Há apenas

as penas

de outrora

Como choram às janelas

quando se apreciam outroras,

nas verticais postas,

nas posturas incertas

de passados já mortos,

nem tantos pra quem teima

ancorar em portos

desertos

um certo caos fóssil.

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 03/08/2017
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T6073175
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