Cosmos
A essência Cosmos nos guarda em perene
Êxtase em seu pleno vôo circense.
O espírito cria seus rosais e florais
Que escorrem o Sublime e o Grotesco
Sobre o arco-íris e o beijo incolor
Murmurando, e uivando, e chorando, e gritando!
Vimos a Lua e a sua intuição de mulher
Misteriosa fazendo o cântico de amor na
Instável alma sangrando e sendo coberta
Por ares que dão presságios de Magia
E galgando divinamente em direção a Hermes.
Sua estrela traça, com anjos, galáxias
De sonhos raiando na amplidão;
Despontando com furor, exalando o poder solar;
Uma cigana e suas ondas místicas
Abrem portas com chaves astrológicas;
Abrem portas translúcidas
Onde arcanos se vão e cores nascem se
Propagando, e sentimos o que é coberto
Pelo celeste frescor e volátil prazer.
Enfatizam o apogeu pomposo que elimina
As cicatrizes profundas
Que foram machucadas por foices;
Dilaceradas com toda exatidão
E perfeição de uma arma empunhada.
Mãos cercadas por ratos
Na noturna lágrima envenenada
Tocando o chão lodoso.
A bênção é dada na extrema idoneidade
Em jardins onde borboletas paralisam
O instante ininterrupto de volúpias;
Transcendendo o sorriso falso
Para a gargalhada intensa, acariciando
O beijo nostálgico e a transa ideal.
Todo esse perfume penetra no gozo,
Na proteção angelical iluminada,
No rio cristalino com seus peixes
Nadando entre homens e mulheres
Desfrutando sobre o verde augusto.
Resplandecendo o elo dos corpos e almas!
Mudamos esse horizonte medíocre e amargo
Com força vivaz, elevando a semente
Que se transforma na árvore
Que cresce em nossa mente
Dando a felicidade mais dispersa;
Libertando as fantasias;
Nas cartas vejo as notas musicais
Brincando com os movimentos do
Meu coração, pulsando com veemência.
Disparo sem direção, controle.
Me tranquilizo sobre a terra
De raízes, minhas raízes em dias
Sem alma e sem brilho;
Mas elas são novas! Raízes novas!
Cantando a sua música grandiosa
Enquanto durmo no seio da dama.
Caminho sem vacilar com abraços
E proteção, não sei de nada,
Ouço tudo, mas tiro apenas os
Cavalos alados e a dama.
Na simplicidade podemos ficar
Extasiados soltando a dor;
Correndo pela mata com intrépido
Tesão e paixão de cair tranquilo
No berço singelo da paz.
Necessitamos mais do que apenas querer
Ser enfeitado com o estandarte natural
Do tempo bom com a alegria dos
Deuses e deusas sedutores, no eclipse
Do templo universal almejando
E navegando
Com delgada beleza, balsamando
Vultos flamejantes. Louvo a ti!
Renascemos com sangue e poder
Na inquietante energia eterna;
Vem chegando vistosa, mulher misteriosa!
Com sua tempestade única.
Mirras e ágatas infinitas na vertigem
Das sensações lúbricas, banhando leitos
Faceiros sem máscaras pútridas.
O frescor se espalha em minha face
Rompendo uma elite de medo;
Uma angústia nos matando!
As almas se entrelaçando!
Os corpos acariciando o tesão!
Não abaixe a cabeça de cachos louros;
Seu olhar transforma a miséria dos homens
Na louvação pura do Éter.
Sol, venha nos falar da longevidade
Que transparece em sua soberania!
Galgando o esplendor das galáxias
De nossas paixões, experimentamos
O mais absoluto devaneio de alçar
Na Magia de sua essência:
Cosmos.