A procissão
À beira da estrada,
fico a analisar os seguidores do pároco
caminhando vagarosamente
para a catedral.
Pessoas que carregam incensos
e cestas repletas de pétalas de flores
que vão delineando a abertura
do marco da procissão.
O sino, ao longe, se faz repicar.
E os sons de violinos imaginários
penetram em nossos corações.
Como a perscrutar cada rosto,
em vão, tento descobrir,
em cada templo, o que ali se esconde...
O bem. O mal.
Quanto tempo mais suportará
ficar incluso?!
Quando explodirá a verdadeira emoção?
Eu, incrédula, a observar
os pés a caminhar...
Juiz de Fora, 29 de julho de 2007