REDEMOINHO
Ó vento impiedoso do tempo
Que sopra em tudo e em todos
E que tudo envelhece
E tudo desgasta
E tudo mata
Vento das sementes e das folhas secas
Das fraldas e das bengalas
Dos fetos e dos cadáveres
Dos ossos e das cinzas
Da carne,
Do pó,
E do barro em que germina o broto
Vento onipresente
Que corre em redemoinhos
Levando-nos
E lavando-nos
Em turbilhonamento
Que corta a eternidade
Dando-nos a certeza
De que o amanhã
Será um novo ontem,
Vento que grita
Conjugando
Eternamente
O infinitivo
Do verbo passar...
Ó vento impiedoso do tempo
Que sopra em tudo e em todos
E que tudo envelhece
E tudo desgasta
E tudo mata
Vento das sementes e das folhas secas
Das fraldas e das bengalas
Dos fetos e dos cadáveres
Dos ossos e das cinzas
Da carne,
Do pó,
E do barro em que germina o broto
Vento onipresente
Que corre em redemoinhos
Levando-nos
E lavando-nos
Em turbilhonamento
Que corta a eternidade
Dando-nos a certeza
De que o amanhã
Será um novo ontem,
Vento que grita
Conjugando
Eternamente
O infinitivo
Do verbo passar...