Bom bote

A poesia pode te esperar sim querida.

Afagar seu túmulo. AC. Sim.

Sua timidez deveria ser feriado

nacional. Cabotino também -

esfrego-me nas suas palavras.

O bote da fúria em flor descasca

a investida do sangue envelhecido.

Xícaras inglesas trincadas, oferecidas

sobre a consciência em surdina -

influência do espasmo que num

baque me desgruda.

Construo a cafeína que pinga dos

olhos da praia que te cerca.

Cafeína e frenesi, ansiedade mas

ainda quero sonhar contigo.

Visto o olho do horizonte, longe

daqui. Estou lá.

André SS
Enviado por André SS em 02/08/2017
Reeditado em 05/08/2017
Código do texto: T6072248
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