* Permita-me*
(...) No cheiro da terra molhada,
Descalça,
Misturei-me em tu' essência.
Longos cabelos longos,
Loiros,
Fios de sol,
Que em meio as nuvens,
Deixei molhar com as gotas da chuva....
Lavei-me !!
Banhei-me !!
Distante em pensamentos,
Fiz-me menina.
De rodopios,
Sentindo o vento frio,
Na pele que arrepia,
São calafrios..
.......................E abracei-me.
Aqueci-me em minha própria alma.
Sentindo o agora como infância,
E o passado me vem,
Como um gigante que me desperta de lembranças.
Abro os olhos e vejo,
Não sou mais criança.
Mas me sinto tal,
Qual,
Em meio a recordações soltas,
Livre,
Correndo feito um animal.
Que não tem medo do caçador,
Apenas leva consigo,
O vento a favor,
Fechando os olhos,
Abrindo os braços,
Para quem sabe,
Talvez,
Consiga eu,
Juntar os pedaços.
Cacos de vidro quebrado.
É a'lma que chora.
Em outros tempos,
Vivi de outrora,
E no hoje,
Em corpo de mulher,
Por favor passado!
Permita-me o agora..."