DESABAFO DESPROVIDO!

Não importa o frio gelo do beijo que não existe!

A sua inexistência por motivo deste trejeito maroto de isolamento emocional, assinala-me como faz o marqueiro impiedoso empunhando o sinal do seu dono - no final - solitário sobrevivente do abandono!

A boca não mais sorri...Ela torna-se o intransponível obstáculo para o riso!

Riso desusado no abuso da boca que há tanto não sorri neste entranhar de sentimento que canta o desencanto da dorida solidão.

E eu, sozinho, neste entremeado horizonte que habito na prerrogativa de fazer-te feliz e sentir-me alvorecido com a conotação de ter doado o amor, findo na semântica similar da costumeira solidão solfejando o seu nome!

Rio da empulhada mania de ver tudo discorrendo contra a abertura dos meus lábios sem zombaria...mas, fingidor da alegria, prossigo a marcha no idílio encabruado de viver para ser feliz!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

08.10.03

Brasília-DF

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 14/08/2007
Código do texto: T607083
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