* Leoa *
"...Passeio por centros e epicentros.
Sou furacão de mim mesma.
E me alimento da lava de vulcões.
Viajo por espaços dante viajados,
Descubro em cada canto do céu,
Uma nova estrela que surge.
E todos os sons do universo,
Bradam em mim,
Rugem!
Como a leoa no ciclo de seu cio.
Que algoz banha-se de teu próprio cheiro.
Familiarizo em mim,
Todas as perguntas.
Passivas,
Nocivas,
Possíveis.
E chego a conclusão de que,
Nenhuma resposta me é favorável,
Pois não há em mim,
Disposição em entender o que foi perguntado.
E sigo em silêncio abafado.
Calando em mim, cada item perguntado,
E sigo...
Feroz de mim mesma,
Sedenta de mistérios,
Que impõem em cada célula,
Seus impérios.
Redescobrindo dentro de minh'alma,
Mais mil almas conjugadas.
Afagadas,
Por minhas próprias mãos.
E então,
O sopro de vida ressurge,
Naquele brado violento da leoa que ruge,
Para então, no depois,
Esmigalhar-se,
Para juntar novamente suas partes em dois,
E silenciosa...
Prosseguir!