Na Sombra de um olhar
 
Existe algo sutil na sua loucura santa
Centrada na figura do espelho
Que reflete uma cantiga arcaica
Veio da fonte das flores a sua face terra
Na sombra de um olhar abstrato
Que estremece o sorriso tímido
Nas horas boas do tempo vindo
Em sua oração deita o aroma
Descolando o prazer suave do pranto
Que se esgota em seus lábios desejo
No ritmo de um lamento suave
E na sombra vem um brilho rústico
Molhado de luz num tempo vago
Desgastada pelas dores que flutuam
Na ilusão versificada de uma brisa poético
Que faz um alarido casual
Ratificando a insensatez do seu canto
No momento ácido de tristeza
Surge a branda ternura nos seus olhos
O rosto vário apaga o risco da lágrima
E floresce onde desliza toda tristeza
Que em outro tempo desconstrói
O desencanto da vida
Em uma porta fechada
E depois da sombra
Surge a primavera
No escrito das flores


O MESMO OLHAR

Este olhar que me leva a loucura, 
É o mesmo que a luz do Sol, tremula, 
E fixa no horizonte a tua candura... 
Olhas meus olhos e teu Deus se revela, 
Num céu estrelado que em minha janela, 
Enfeita o escuro como linda quimera... 
Olhamos-nos e finalmente entendo, 
Que do teu olhar, com a vida, dependo,
E desse amor cristalino, jamais me defendo... 
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

12/08/2017 10:23 - Jacó Filho  /  Obrigada, meu Mestre Jacó Filho!



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 31/07/2017
Reeditado em 03/08/2018
Código do texto: T6070045
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