Callas cabisbaixa
Não podes evitar a penúria
No contrafluxo renitente vindo.
Elegia amortalhada dos teus
Pés subindo - substância divina -
E sabes neblinar o descorado
Vento. Ardor tilinta insidioso
Mas pensas e silencias na
Dureza da firma diária.
Ei-lo. Vulnerável pânico não olvidado.
Maria Callas no banheiro. Que absurdo.
Mais ainda: ferir-se no sangue
Afiado que coloca os is nos
Pingos que gotejam murmúrios
Na clareira do consternado desejo
Que tu viste falando com a
Cabisbaixa madrugada que
Da janela pisca uma chama.