Pouca balada
Fiz vários calafrios em você tristonha
Pois a ânsia de possuir-me belamente
Tocou o frágil sorriso seu a poetizar.
Pouco importa a macróbia opinião
Sobre juvenil amar que amo nosso!
Nossa fidalga história entretendo
O mundo, que dá vazão ao fel à noite:
Desconhecida ante o vero tapete roxo
E azul! Cores nossas desarvorando o
Terraço fúnebre - enquanto isso um
Porvir próximo nos ama!
É inquestionável a abundância sentida
Por ti descendo a escada da minha perdição,
De insensatez mórbida contrária ao que
Avistamos olhos nos olhos; nus feito
Garças num planalto pênsil sobre têmporas
Em aceleração inexplicável!
Sei da alma oferecida desobediente quando
Queres esvair; peço o pincel para dar-te a
Forma que não precisas porém fascinado de
Tanta felicidade faço assim bobo como tua verve
Feminina e enegrecida. Não abaixarei a cabeça
Ao ver a maneira que me emoldura tão humilde,
E eu desejando o galante sonho que por mérito
Te dedico! Você cria cena absoluta frente a frente
Ao espelho e nos vemos...
Maquiando te vejo também ao reflexo que me atinge
E atingiria estando onde estivesse...
Sozinho ou não admiro-te mais enquanto perceber
A saudade e pompa do teu "te amo".
Também imploro perdão sabendo que
Escrevo e falo pouco pelo tanto que és...
Perdão mulher. Perdão.