O CÉU E O INFERNO
Eu sou o sangue correndo pela veia,
A aranha urdindo a sua teia;
Eu sou o dançarino e a dança
E a febre malsã que nunca descansa.
Eu sou o pesadelo noturno que alucina,
A luz matinal quando a noite termina;
Eu sou o bem que lhe há de salvar
E o mal que lhe há de matar.
Eu sou o açoite da chibata inclemente,
A foice afiada da morte iminente;
Eu sou o Céu e o Inferno da existência
E a liberdade de escolha da consciência.