MEDIOCRIDADE
Gemem as folhas da revista entre meus dedos,
Examino em cada reportagem frutos da razão
E deixo a imaginação concluir do raciocínio
As notas tutelares de uma imprensa tuberculosa.
Há passagens que parecem rituais em cada número,
Talvez devido à falta de um assunto tido polivalente
Ou mesmo ausência da astúcia jornalística do escritor...
A verdade é que, dentre tantas páginas, vence o nada.
Assim me deparo com certas publicações meio idiotas
Sem o requinte profissional, sem a palavra que emociona.
Um todo meio lambuzado de vocábulos sem notícias,
Apenas uma multidão de traços dentre temas fúteis...
Melhor servir-me de um livro já lido e relido, boa literatura,
Porquanto se sabe que, a casa leitura, há novas descobertas!
DE Ivan de Oliveira Melo