A gastronomia de nossos afetos
Por ora seja fast-food
Vezes, seja goumert
Que seja terreno fértil
Para o amor se desenvolver
De entrada, aquela "apimentada"
De tirar o ar e fazer remexer
Que nesses cantos, onde as paredes nos abraçam
O calor do nosso aconchego possa nos envolver
Vem o suor da pele extrapolando a matéria
Lavando a alma e o coração
Com chamegos bem temperados
Temos a mais bela emulsão
O desfecho gastronômico é certeiro
E desperta a mais pura expressão do ser
Se necessário, um banho-maria
Que muito nos faz enlouquecer
Não se deslumbrar com altas performances
Isso é pura ilusão
E se a sexualidade fosse tão desenvolvida, como dizem
O mundo não estaria permeado de disfunção
Que saibamos encontrar as iguarias
Peculiares de cada ser
E com os nossos corpos em órbitas
O universo só tem com o que se enriquecer
E nessas explanações de trinômios: entre sexo, comida e prazer
Que tenhamos mais refinamento e degustações sem se abster
Para trazer no semblante e na alma, aquela leveza e doçura, gostosa de se vê ...