o poema

o poema vaga em submundo,

a solidão é sua estrada

a mão que o escreve

é seu guindaste,

não se consola

um poema, seduzi-lo

é um erro, o poema late

e berra quando contrariado,

para amar um poema basta

escrevê-lo depois de

içado das profundezas

das sombras, mas nao

espere do poema gratidão,

fidelidade, o poema explode

pelo mundo, é vagabundo,

mulherengo, pan sexual,

bebe, cai pelas sargetas,

chega em casa lubricamente

carregado, é nauseante

ve-lo tão descabido, o poema

depois de vivo, mata a todos

que tenta agarrá-lo, um poema

não se seduz, mas é sedutor

como o diabo

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 27/07/2017
Reeditado em 27/07/2017
Código do texto: T6066466
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