INCOÊNCIA

Tristeza há que o mundo dá, nada retira.

Se o pensamento, antes ou depois, vira,

Existe a feliz decência do respirar e existir...

É no rosto que as covinhas se avexam, sutis.

Rapidamente se percebe a aureola de rubis

E, se é juventude ou velhice, basta sentir...

Não existe culpa, tampouco há os elogios.

Sonhar é uma obscuridade que poucos veem,

Pois há abecedários nos devaneios e se leem

Que a fortuna e a desgraça têm tempos frios.

E tudo pode apresentar-se doce e até salgado.

Isso muito depende do pranto alegre ou triste

Que marca folguedos e tempestades persistem

Em pulular sobre naipes redondos e quadrados.

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 27/07/2017
Código do texto: T6066033
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.