ORTODOXO
Perece a Lua na noite escura,
Logo vem as trevas da madrugada,
Felizes vultos vivificam a emboscada
Em instantes e infeliz desventura.
Contudo se vive a Lua, por que morre?
Se fecunda a escuridão logo se desfaz?
Como se a feiura também se apraz?
Quanto azedume em ser tão forte!
Entretanto na Lua e no brilho há vida,
Na obscuridade nada é deveras constante
E a tristeza é meramente desvalida.
Fim do universo pela mão da sabedoria
Em que tudo nasce e morre abundante
E em plena desconfiança o mundo se fia!
DE Ivan de Oliveira Melo