ORTODOXO

Perece a Lua na noite escura,

Logo vem as trevas da madrugada,

Felizes vultos vivificam a emboscada

Em instantes e infeliz desventura.

Contudo se vive a Lua, por que morre?

Se fecunda a escuridão logo se desfaz?

Como se a feiura também se apraz?

Quanto azedume em ser tão forte!

Entretanto na Lua e no brilho há vida,

Na obscuridade nada é deveras constante

E a tristeza é meramente desvalida.

Fim do universo pela mão da sabedoria

Em que tudo nasce e morre abundante

E em plena desconfiança o mundo se fia!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 24/07/2017
Código do texto: T6063930
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