SEM VIDA

SEM VIDA

O coreto está mudo

A fonte com água parada

Os bancos um vazio

A grama morta ou seca

As arvores tristes

Em verde esmaecido

Cheiro de cannabis

Urina e fezes

Misturam-se no ar

Ao longe a serra

Verde que parece vivo

Cheio de segredos

Não se aproxima da praça

Morta e viva

Para mortos vivos

Que se olham sem se ver

Que matam a praça

Como mortos estão

Em vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/07/2017
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