Invisíveis

Invisíveis

Invisíveis aos olhos sociais

Esquecidos ao relento das cidades

Abandonados nas calçadas pela pátria

Mãe desnaturada!

Menosprezados debaixos dos viadutos

Ocos de perspectiva

Subtraídos desvalorizados

Orfandade em todo lugar...

Eles não mordem, por que não ajudar?!

Invisíveis para o amor

Desconsolados

Estirados ao vazio, ao frio

Dificuldade demasiada

Olhares pesados

Carregados de dor

Rostos abarrotados de tristezas

Famigerados por soluções

Mendigando por atenção

Abandonados pela propria nação.

Filhos do desfortúnio...

Órfãos do amparo...

Um brado de revolta

Tem que haver

Para ter mais um pouco de esperança

Temos que bater na tecla da mudança

Olhar para a grama do vizinho

E cultiva-la como se fosse a nossa...

Falta solidariedade e sobra hipocrisia

Pátria madrasta não gentil.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 23/07/2017
Código do texto: T6062340
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