Blood tear (7)
As lágrimas desvanecem-se sobre
Os olhos, a lágrima corre pelo rosto
Tingindo a rosácea pele de tom avermelhado...
A negra dor cai no chão em enxurrada tinta.
Dor vermelha riscando a neve,
Dor vermelha que leva tudo
Que existe de negro para
O mundo do vermelho-sangue.
Gota de sangue, pesar desmedido,
Dor coroada no mundo do pesar
Corroído pelo desequilíbrio psíquico.
Ainda a lágrima de sangue será
Banhada na água semi-cristalina.
II
Rompe a emoção represada em
Três gotas de sangue... Queima a
Face e lava a face rosada...
Três gotas milimétricas correndo
Pelo rosto marmóreo e de estupor de prata.
Mágoa amarga e de vermelho
Sangue, vermelho que nos lembra
Da antiga tentação... Três gotas
Representando três longos e indecorosos
Séculos, a dor vermelha não
Mistura-se a cor alguma.
A lágrima rubi pinga no
Solo, deita no interior da terra
Modifica-se nos rios, alimenta as
criaturas marinhas.
Lágrima. Sangue. Tortura.
Miséria emocional. Tudo nesta
Lágrima recende o vício, a uma vida
Em que o desejo e escolha não existem.
III
Magia dedicada a deusa lua,
Gotas de sangue tiradas de
Um homem cujo sofrimento é desconhecido,
A magia transforma o branco em vermelho.
Alquimia rubra, sofrimento modificado
Em química e em mistérios ocultos...
Desvela na magia a potência sacrificada
Das gotas rubras, envolve a magia
Nas gotas do sofrimento, mostre à
Deusa selenita o quão valioso é
O sofrimento e o desespero em uma lágrima!