ALMA PERDIDA
Agora sem vida... A alma perdida, navega
pelo labirinto dos pecados
Em seu navegar... Expele seu eco de
clamor, sob fenda da sua noite escura,
Juntando-se ao murmúrio da sua clamura.
Ali, tudo que se ouve é, uivos de lobos,
tudo que se move, é jogo...
O medo aguça-se, açoitado pelo ladrar
do cão, o qual ecoado, escorrega
tilintando o labirinto do silencio.
Esqueceu-se de suas promessas
perdeu-se em meio as suas rezas
e já, não se lembra da fé impregnada
sob as orações inventivas.
Agora... Permeia-se com os ecos das suas
ruas nuas, e com sua prece...
Já não pode impedir, as sombras
assombradas, assombrando... Todas,
as vezes que, a sua aparição aparece.
Antonio Montes