Ungüento
Euna Britto de Oliveira
www.euna.com.br
Não sou uma ilha.
Faço parte de um universo de pessoas comuns.
Como do pão amassado com o suor do meu rosto.
Simples como a pomba
E prudente como a serpente
Eu deveria ser,
E não sou.
Agora, agüento.
Ungüento para minha ferida
São as palavras do Mestre.
Lamentos não pagam dívidas
Nem recompõem momentos.
Creio que o mal não resista
Onde impere o Bem!
Minha esperança é festa!
Gosto desta vida atrevida
Que me faz vestir de vermelho
E me joga na cama
Para dormir com os meus sonhos.
Depois, acorda-me e dá corda
Para percorrer caminhos
Desenhados em pergaminhos,
Que não me mostraram,
Mas adivinho.
Sonhei com a Ene Mathias, de Goiás,
Chegando a Belo Horizonte.
Nunca vi a Ene,
Mas conheço sua Poesia.
É bela!...
A vida hoje não está vazia.
Uma esperança me habita.
Veste seu hábito marron
A Santa de meus segredos.
Roga por todos nós
A Senhora Aparecida!