ESTE VAZIO VAGO.

Rastejas pelos

parlamentos,

escorre pelos vários

departamentos,

é faca invisível que

disseca sonhos,

levita nos ambientes

hostis,

respira os mesmos

excrementos,

é peste, é escárnio,

é doença que mata meus

irmãos de carne,

e que desperta meus

irmãos de poesias,

rompe-me meu

remanso de inspiração,

me traz desatinos,

carrega-me pelas filas

das burocracias,

e me mostra tuas mãos

enforcando o destino

dos meus filhos,

me mostras os valores

de cada um,

despeja um rio

de desesperança

em cada alma,

me faz voar baixo

como um pássaro que

sobrevive á tempestade,

não a como

persistir comendo

a carne viva da pátria,

é preciso deixar-te nos

beirais dos abismos,

para que caia , e desapareça,

é preciso apagar-te,

para que jamais seja lembrada,

mas hoje;

o que sinto é este vazio

tão vago,

essa dor fina

de não poder apagar da

memória,

estas varias bocas

que comem

os direitos

de todas as classes.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 18/07/2017
Reeditado em 18/07/2017
Código do texto: T6058403
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