FÁTUA

Em sofreguidão

Acendo as luzes de meu coração

Desenham sua face no infinito

Em tom de quase um grito

De dor,

De amor,

De uma pura saudade

Tramando os fios da emoção,

Esboçando minha arte final...

É tudo tão sentido,

Tão encantamento,

Que perco os sentidos buscando no anoitecer

O gosto de você

No escuro deste ermo céu.

Eu sinto o silêncio,

Vasculho a imensidão

Escrita em plácida poesia

No âmago da ilusão.

Reinvento alegorias,

Choro estrelas anoitecidas na solidão,

Escorrendo em miríades de luz

Tão fátua,

Etérea,

Tão nua,

Na eternidade do momento,

Ao som de Clair de Lune, in Debussy.

Lhe faço em mim

Brisa, sentimento,

Sonho e canção...

Nina Costa, in 18/06/2017

Mimoso do Sul, Espírito Santo, Brasil.

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 18/07/2017
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