Do Turbante Mental
No crânio queimante, os cabelos da mente,
como um turbante de vapor espiral,
expiram diante do espiritual;
num calar flamante que desdiz, descendente.
O que não é dito no turbante mental
(pois sem seu apito ele desce somente)
sobe, feito grito de um gritar silente,
só e sem conflito com o racional.
A paz revelada nessa só-quietude,
grita...diz...calada na garganta da vela.
É luz (som do nada) tudo que queima nela.
E, queimando, conduz (sem a voz que ilude)
todos os gestos nus da nua atitude
que, quieta, produz...que, com brilho, revela.
Torre Três
18-07-2017