POEMA DO ENCONTRO.

Caminho, o vento frio

me acompanha,

me traz o melhor das flores,

sinto e não as vejo,

onde estará as donas que

me cortejam,

lá longe um rio se espreme

entre as pedras,

na poeira rastros dos pássaros

que minutos antes desfilaram

na fina terra,

onde andam agora estes tatuadores

de estradas,

não sei, nem de mim tenho noticias,

me extravaso, atravesso muros,

um capucho de nuvens me apascenta,

o céu é de fato para poucos,

este espaço onde as igrejas

prometem me depositar,

mas como, não doei um dinheiro,

e Deus cobra, para dele desfrutar,

me recolho, a estrada é reta,

meu pensamento é torto,

o vento me abana,

leva meu capucho,

vou perdendo minha transição

neste fim de caminhada,

dou meia volta, refaço meus passos,

agora, na contramão do vento,

abro minhas janelas,

enquanto o mundo gira,

vou me reconstruindo,

juntando meus retalhos,

vou de encontro a Deus,

enquanto a alma ardi

ele me ensina os atalhos,

sorrindo me diz : Não precisa de dinheiro

para entrar em minha morada.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 16/07/2017
Código do texto: T6056326
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.