estranho

Sou um estranho,

eu me escondo na normalidade,

vejo tudo e fingo que não vejo,

sinto tudo e finjo que não sinto,

um sorriso sem graça,

as vezes eu não consigo

deixo escapar em fúria,

palavras ao vento.

Eu lembro da gente,

lembro até onde fui por nós,

eu cheguei muito perto,

muito perto do paraíso,

Mas, a corrente partiu

e então cai no vazio,

pela ultima vez que queria ver,

pela ultima vez me perder,

meu anjo, meu único amor,

pela ultima vez eu queria ir,

Para qualquer lugar,

qualquer lugar distante,

onde eu possa ter uma chance,

meu anjo, meu amor,

meu único e verdadeiro amor.

Duas escolhas ou me jogar ou morrer,

não posso mais esconder,

toda minha insanidade contida,

não posso mais sorrir,

fingindo ser quem não sou,

não é sobre quem eu deveria ser,

é sobre sentir medo de me perder.

é sobre me sentir só,

mesmo sem ser.

Se você pudesse me ver,

se a vida me desse outra chance,

eu me perderia para sempre,

talvez não seja um filme

e a vida seja assim, sem graça,

talvez eu já esteja morto

ou talvez ainda esteja bem vivo

e tudo a minha volta tenha morrido.

Talvez você seja meu anjo,

que vai me levar, bem longe,

então venha meu anjo,

venha anjo me leve, para qualquer lugar,

qualquer lugar distante,

qualquer lugar bem longe,

muito longe daqui.