A  flor
   e o girassol
 





                                               
 
     Era uma rua larga de calçadas estreitas.
Quando
Eu te vi no meio da multidão,
Passei a caminhar teus passos, sem que me visses
Sentia o teu respirar,
Quase tropeçava amando o teu olhar.
 
Morreria por um riso teu, que  me foi negado.
E como um girassol assustado,
Tu se fechava
Pra eu não ver o teu rosto.
Se guardando para o teu mais novo amor,
Para meu maior desgosto.
 
Meu adorado gigante...
 
Continuei caminhando em direção à tua indiferença,
Ao teu lado sempre e tão distante,
sonhei demais com o teu corpo amado, desejado.
 
Gigante!
E eu tão pequenina.

Orgulhoso girassol,
Dono de doce fantasia,
Minha.

Eu uma flor de beira de estrada.
Tão pobre, tão desarmada, em meu triste caminho,
Só sentia.
Suspirando as minhas dores proibidas.
 
O que é o tempo?
O que é feito de nós
e de mim,
Nesse meu mundo ora desabado.
 
Adorável encanto, amor alucinante!
Sem nunca ser de fato meu,
Perdida sigo, sem ti, meu gigante.
No meu eu insignificante, feliz por existires, amor.
Sendo simplesmente nas tuas estradas, só mais uma flor.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 15/07/2017
Reeditado em 16/07/2017
Código do texto: T6055139
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