coragem
se não fosse o bosque
escuro, as diversas quedas,
o universo pairando numa
dança destrutiva, se não
fosse a saudade, a tortura
de amar, se não fosse
a vida, se não fosse a morte,
dancei diversos sonhos e todos
gritavam teu nome como
se fosse uma fome, um descaminho,
o pão diário de uma intimidade,
fui até a mais alta montanha e
de lá vi os destroços de uma guerra,
a invisível guerra dos que vivem, mas
não sei fazer mapas,
a noite, pouco importa a sua classe,
vai escurecer todas as varadas, oremos!
pelo corpo que temos, por andar, mesmo
por sombras descalças, cada suspiro
do coração vale um abismo dolorido