Da serventia à servidão

Da serventia à servidão

Para o bicho homem

Tudo é válido,

Da serventia à servidão,

As colheitas do não plantado,

As cercas dos não roçados,

A imensidão de águas

À frente do arroz cortado…

Tudo pode valer a pena

Se ingerida de pouco em pouco

Salivando pastoso…

Tudo cultivado à vida,

Como o dia em que vi o homem

Esculpindo a madeira,

Outro esculpindo opiniões…

Da servidão à serventia,

No caminho faz-se necessário

Sangrar as mãos, a mente,

E num repente descobrir-se

Criador, no antes criatura.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 13/07/2017
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