Copo descartável .

Esse copo descartável,

me serve uma bebida de sabor encorpado

com uma barrinha de açúcar, efêmera, dissolvida

por lábios cálidos sorvida

como um cremoso tall latte da starbucks

em dia úmido de céu matizado em cinza-chumbo

Eis “acredoce bebida”

Enjeitado, desprezado, rejeitado

Corre o copo descartado

Brinquedo do vento, estapeado,

rodopia aqui, corre acolá

o redemoinho na Rua dos Girassóis

o açoita sem para...

voa o copo descartável

vai com a borra de vários cafés

entre os descartáveis “ficantes” colegiais de all star

matreiro, como sutil toque entre cílios,

roça seus pés

subleva o copo descartável

baila docemente com as “ decaídas flores de ipê – amarelo”

toca a cabine do orelhão, para no bueiro

do “rato brejeiro”, ganha um cheiro

de mais um ônibus biarticulado,

sobrevive por inteiro

pobre copo descartável

levita em espiral, não é de ninguém, tá mal

em mais uma breve corridinha na Rua Dos Girassóis

Tamborila no asfalto pegajoso, sol sob o zênite,

Outrora de uma alvura intocável , “qual cálice de pureza ”

já tá um nojo!

Voa o copo descartável,

Brinquedo do vento estapeado

Rodopia aqui, saltita acolá:

Oh!!! Pedro, cê não acredita véio: hoje “peguei” a Cléo

Você sabe, é como dose de fluor

é mais uma da lista que já posso ticá!!!

Bia /

Mara /

Cléo /

Rita

Lindsay

Natalia

davicartes@gmail.com

poesiasegirassois.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 13/08/2007
Reeditado em 03/02/2008
Código do texto: T605012
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