Só por que...
Não era época de plantio,
nem foi um sonhador vadio,
foi espontânea,
chegada pelo vento,
não constava em coletâneas,
a terra não foi arroteada,
não atraía muitas abelhas
só foi causa de um momento,
decorava só o campo,
mas era seu o campo inteiro
o mundo o seu canteiro,
nunca foi a casamento,
nunca foi a nada solene,
era o atavio da Irene,
a flor da Irene,
não lembrava em jazigos,
a partida de amigos,
não evocava nada,
nem diários ou namorada,
mas tinha suave aroma,
era a bela no agreste,
ela não fazia nada,
só se fazia dengosa,
não instruía poesia,
nem era sazonal,
só era paisagem do dia,
vivia à toa , vadia
só por que...
não se chamava rosa